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Como é o vestibular em outros países?

Você sabia que maioria dos países tem o seu próprio sistema de ingresso nas universidades? Pode parecer estranho que o vestibular como nós conhecemos exista em apenas poucos países ao redor do mundo, mas é a realidade. Afinal, os processos seletivos são também baseados na cultura de cada lugar. Confira como alguns países fazem a seleção de candidatos para suas universidades:

Estados Unidos

O processo seletivo nos Estados Unidos é bem diferente do sistema a que estamos acostumados no Brasil. Todos os anos é realizada uma prova para os alunos que estão concluindo o high school: o SAT (Scholastic Aptitude Test). E apesar de existir essa prova para medir o nível de conhecimentos dos alunos, ela não é determinante para entrar em uma universidade.

Os resultados do SAT são levados em consideração, mas alguns fatores como um bom histórico escolar e participar de atividades extracurriculares também são tão importantes quanto essa nota em si. São poucos os cursos com matérias obrigatórias: na maioria das universidades e carreiras, você escolhe suas matérias e forma seu próprio currículo universitário. Mesmo com um custo bem alto para se manter em uma universidade americana, existem muitas opções de bolsas de estudo.

Itália

O país oferece acesso igualitário à universidade para toda a população, tendo como único pré-requisito ser formado no ensino médio, ou como eles dizem: secondaria di secondo grado. Os cursos mais concorridos, como medicina, odontologia e arquitetura, exigem exame de admissão, e é realizada uma prova para selecionar os estudantes devido à grande procura pelo curso.

Os cursos universitários italianos são divididos em três tipos: o Laurea Triennale, que tem duração de 3 anos; o Laurea Magistrale, que tem como pré-requisito o curso citado anteriormente e é necessário para quem deseja prestar concursos públicos ou fazer doutorado; e, por fim, o Laurea Triennale a Ciclo Único, que tem duração de 5 a 6 anos. A maior parte das universidades da Itália são públicas, mas diferente do Brasil, é preciso pagar uma taxa anual de acordo com a renda da pessoa. A taxa é algo em torno de €$1.000.

Reino Unido

No Reino Unido, o vestibular é conhecido como UCAS e trata-se de um sistema único que avalia os conhecimentos gerais dos concorrentes. É possível selecionar as opções de faculdade e o campus em que o aluno deseja ingressar, ou até mesmo deixar em aberto, fazendo com que o serviço de admissão defina para onde a pessoa vai.

Assim como em diversos outros países do mundo, os países do Reino Unido exigem o histórico escolar e os projetos realizados durante o ensino médio. Ou seja, é preciso dedicação desde cedo para conseguir uma boa vaga. Há também o processo de entrevista nas universidades: essa etapa é levada bem a sério e é um fator importante na seleção. Um exemplo é a Universidade de Oxford, uma das mais famosas do mundo, que recebe cerca de 10.000 entrevistados, mas aceita apenas 3.500 no final de seu processo seletivo.

Austrália

O ensino na Austrália é considerado um dos melhores do mundo e exige 12 anos de estudo até a universidade. Os critérios de seleção dependem de todo o histórico escolar do aluno. Além disso, é preciso fazer o IELTS, um teste que prova sua proficiência na língua inglesa.

O pagamento para a universidade é feito semestralmente e não há a possibilidade de parcelar o valor mensalmente. As universidades exigem 80% de presença nas aulas, e se esta exigência não for cumprida, é possível que o aluno seja reprovado.

Apesar de serem bem caras, cerca de U$23.000 por ano, a qualidade do ensino nas universidades australianas é garantida. Na Austrália é raro conseguir trabalhar e estudar ao mesmo tempo, pois a maioria dos cursos são integrais e bem puxados, exigindo um nível alto de esforço.

Japão

Considerado um dos vestibulares mais difíceis do mundo, o sistema de ingresso às universidades japonesas é parecido com o brasileiro. O vestibular japonês é dividido em duas fases, compreendendo as matérias de matemática, inglês, língua e literatura japonesa, física, química, história geral e do Japão. A maior dificuldade do vestibular do país é que os conteúdos cobrados nem sempre fazem parte da grade curricular dos vestibulandos, fazendo com que o esforço de estudar seja ainda maior.

As universidades japonesas fazem parte de um ranking que é muito valorizado na hora de se escolher a instituição para cursar o ensino superior. Além disso, é possível que algumas das universidades solicitem uma entrevista para avaliar as competências dos candidatos estrangeiros.

Argentina

Pode parecer muito estranho, mas na Argentina não existe vestibular! Há alguns anos a prova foi excluída da tradição do país. Por lá, o ingresso no ensino superior é feito por meio de uma espécie de curso que todos precisam fazer. O curso tem como finalidade nivelar os estudantes que pretendem entrar nas universidades. Existem provas em que é preciso atingir notas mínimas, mas não há um limite de vagas ou qualquer semelhança com os processos seletivos brasileiros.

Esse sistema permite a igualdade para todas as classes e níveis de instrução. Além disso, não existem impedimentos para que os estrangeiros cursem o ensino superior na Argentina, pois o processo é o mesmo dos nativos. Esse fator tem atraído muitos brasileiros para o país, principalmente os que querem prestar medicina.

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