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6 dicas para ajudar o seu filho a desenvolver a inteligência emocional

Por vezes, quando falamos sobre inteligência emocional infantil, há quem pense em crianças que têm as emoções controladas, que não se irritam ou choram, por exemplo. Na verdade, a inteligência emocional diz respeito à capacidade de entender as emoções e lidar com os próprios sentimentos, além de identificar os de outras pessoas ao redor. Em 1986, o jornalista e psicólogo Daniel Goleman definiu o conceito de inteligência emocional justamente como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.

Goleman defende que não há um relação direta entre a inteligência emocional (QE) e o quociente de inteligência (QI), por serem controlados por partes diferentes do cérebro, mas ressalta que ter controle das próprias emoções é essencial para desenvolver a inteligência do ser humano. O desenvolvimento da inteligência emocional traz benefícios para as crianças, como a melhora da autoestima, do autoconhecimento, das habilidades de comunicação para criar relações interpessoais, da autonomia e da capacidade de superação. Por isso, reunimos algumas dicas para ajudar o seu filho a desenvolver a inteligência emocional. Confira!

Reforce os vínculos afetivos

Muitas vezes, os pais têm uma rotina corrida e ocupada. Porém, é importante separar um tempo para dedicar-se e dar atenção às emoções de seus filhos. Os momentos de conversa sobre a escola, os amigos e seus sentimentos, por exemplo, bem como a orientação sobre situações cotidianas, reforçam os vínculos afetivos. Assim, os pequenos ficam mais seguros com a sua rotina e têm a consciência de que podem contar com a família quando precisarem de um conselho.

Os pais devem desenvolver a empatia para entender as emoções das crianças. Além disso, eles mesmos devem demonstrar atitudes e opiniões que condizem com os ensinamentos que estão sendo passados para os filhos. Nessa fase, as crianças constroem muitos aprendizados pela observação, e os pais são grandes exemplos para elas. Por isso, fique atento ao seu próprio comportamento!

Seja um bom exemplo

As crianças têm seus responsáveis como modelos de como pensar, falar e agir, por isso os pais devem prestar atenção às atitudes que têm em casa e também com outras pessoas. Seja gentil com as pessoas, esteja aberto para falar sobre sentimentos, chame o seu filho para conversar sobre como foi o dia de vocês e apoie-o quando necessário. As atitudes que estimulam o desenvolvimento da inteligência emocional das crianças devem partir de você.

Incentive o compartilhamento das emoções

Desde cedo, os pais devem incentivar os filhos a falar sobre as suas emoções, tanto as boas quanto as ruins. Por vezes, pode ser difícil para as crianças colocar os sentimentos em palavras, já que ainda estão aprendendo sobre eles. Por isso, esses momentos são fundamentais para realizar a prática do diálogo sobre as emoções. Isso desenvolve a capacidade da criança de falar sobre o que está sentindo e chegar a uma solução, além de não guardar suas impressões só para si mesma.

Se a criança perceber que você está triste ou feliz, por exemplo, converse com ela sobre isso de maneira compreensível, de acordo com a sua idade. Geralmente, os adultos têm a tendência de esconder as emoções, sob a justificativa de não preocupar a criança. Porém, também é importante que ela compreenda o que está acontecendo, já que faz parte da vida familiar. Explique como você lida com momentos chatos e que a sensação ruim passa, que é possível aprender com essas situações e que devemos buscar aprimorar nosso lado emocional e ter estratégias para contorná-las.

Permita a expressão por meio dos esportes e das artes

As diversas formas de arte, como dança, música, pintura e teatro, são ótimos caminhos para o desenvolvimento da inteligência emocional. A prática dessas atividades facilitam a expressão dos sentimentos que as crianças não conseguem definir em palavras, por exemplo, proporcionam a descoberta de novas sensações e permitem a convivência com outras pessoas. Atividades esportivas também são alternativas para desenvolver habilidades emocionais e comunicativas, além do trabalho em equipe.

As interações que as crianças têm nesses ambientes são muito importantes para desenvolver as relações interpessoais e o autoconhecimento. A empatia, capacidade de compreender os sentimentos do outro e se colocar no lugar, também é trabalhada, pois essas atividades proporcionam trocas de experiências.

Ajude a identificar as emoções

Os pais podem realizar atividades lúdicas com as crianças, o que as auxilia na identificação das próprias emoções. Nesses momentos, elas aprendem a identificar expressões faciais geradas por sentimentos, como medo, raiva, tristeza e alegria. Criar uma lista de emoções e encená-las com o seu filho, ou mostrar figuras das expressões faciais e pedir para que identifiquem cada uma, são exemplos de atividades bastante interessantes. E você se lembra que falamos sobre fortalecer os vínculos afetivos? Com certeza propor essas atividades para seus filhos é um ótimo momento para acontecer esse fortalecimento!

Incentive a autonomia

Seu filho aprenderá muito com você, mas é importante que ele saiba o que fazer quando os adultos não estão por perto. Além de trabalhar a autonomia, os desafios exercitam a capacidade de superar esses obstáculos.

No papel de pai ou mãe, apoie os seus filhos, mas não solucione os problemas por eles. Incentive-os a resolver sozinhos alguns de seus conflitos , assim as crianças têm a chance de raciocinar sobre as suas possíveis soluções. Além disso, com essa postura os pais demonstram confiança nos pequenos, o que evita a sensação de insegurança e melhora a sua autoestima.

A inteligência emocional deve ser construída aos poucos e ao longo da vida, desde a primeira fase da infância e sempre com a colaboração dos pais. Em relação ao ambiente escolar, a inteligência emocional permite o autoconhecimento e o descobrimento dos próprios potenciais e limites, o que interfere no rendimento do aprendizado de conteúdos. Além disso, facilita o relacionamento com outras crianças e com os adultos, com hábitos que são mantidos para o futuro.

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