Como funciona o sistema excretor
Para manter o nosso corpo em equilíbrio e com suas funções em perfeito estado, o sistema excretor trabalha filtrando o sangue e eliminando resíduos potencialmente tóxicos, originados das trocas de gases e das reações químicas realizadas pelos outros sistemas que compõem o corpo humano. Neste texto, você entenderá o que é, quais os órgãos envolvidos no processo e como funciona o sistema excretor. Acompanhe!
O sistema excretor
Ao estudar o sistema excretor, você frequentemente encontrará o termo “homeostase” ou “homeostasia”, palavras que se referem à capacidade do corpo de se manter em equilíbrio, independentemente das mudanças que acontecem no meio que ele habita. Para que esse balanceamento aconteça, é necessário que o corpo filtre o sangue e elimine substâncias por meio da urina.
Já o suor e a eliminação de gás carbônico também são considerados excreções, mas não fazem parte do sistema excretor. Isso porque essas eliminações são consequências de outros fatores: no caso do suor, ele está associado à regulação da temperatura do corpo, que elimina água e sais minerais através dos poros. Já a eliminação do gás carbônico acontece durante o processo de respiração, quando o organismo recebe o gás oxigênio, que passa pelas etapas de metabolismo e sai do corpo como gás carbônico.
Quais órgãos e estruturas fazem parte do sistema excretor?
Rins: eles são os principais e mais conhecidos órgãos que fazem parte do sistema excretor. Localizados um em cada lado do corpo humano, os rins têm a função de produzir a urina, eliminar elementos – como uréia, creatina e toxinas – do sangue e controlar a quantidade de líquido no organismo.
Néfrons: são estruturas presentes dentro dos rins, que servem para filtrar o sangue e ajudar a produzir a urina. Há mais de um milhão de néfrons em cada um dos rins.
Bexiga urinária: é o órgão que armazena a urina produzida nos rins. Em um adulto, a bexiga pode estocar até 800 ml de urina antes de ser liberada pelo corpo.
Ureteres: os ureteres são tubos que saem de cada um dos rins, e é por eles que a urina é transportada até a bexiga.
Como acontece a formação e a excreção da urina?
Dentro dos rins, os néfrons entram em contato com o sangue, proveniente do sistema circulatório, através de pequenos túbulos chamados de “cápsulas renais” ou “cápsulas de Bowman”. Estes, por sua vez, envolvem uma estrutura chamada “glomérulo renal” ou “glomérulo Malpighi”, que é um emaranhado de vasos capilares. No período de um dia, os rins são capazes de filtrar cerca de 180 litros de substâncias, retendo apenas de 1 a 1,5 litro de impurezas.
Após o contato e a filtragem do sangue, as substâncias em excesso que não foram absorvidas pelo corpo passam pelos ureteres e seguem para a bexiga urinária, onde ficarão armazenadas. A bexiga, então, dará avisos ao corpo de que está enchendo e que precisará ser esvaziada.
Quando o corpo está pronto, a urina sai da bexiga pela uretra e é expelida para fora do organismo. Em homens e mulheres, o processo de excreção é igual, havendo apenas uma diferença na uretra: nos homens, o canal mede cerca de 20 centímetros e serve para transportar urina e sêmen para fora do corpo; já nas mulheres, a uretra mede 5 centímetros e elimina apenas a urina.
Doenças relacionada ao sistema excretor
Cálculo renal: conhecido popularmente como “pedra no rim”, o cálculo renal é formado por cristais presentes na urina que se unem e aumentam de tamanho. A formação das pedras está associada a diferentes motivos, entre eles o consumo exagerado de sal, o baixo consumo de água e distúrbios metabólicos.
Insuficiência renal crônica: trata-se da deterioração gradual das funções dos rins. Com o tempo, os órgãos perdem a vitalidade, e então a filtragem das substâncias precisa ser feita por meio de hemodiálise ou de diálise peritoneal. Estão mais propensas a desenvolver a insuficiência renal crônica pessoas com diabetes tipo 1 e 2, hipertensos, fumantes e idosos. Em muitos casos, o transplante de rim é o mais indicado para quem sofre dessa doença.
Nefrite: essa doença está associada à inflamação do glomérulo e pode ser aguda, cuja recuperação é espontânea, ou crônica, que pode se desenvolver e atingir os rins inteiros. Os sintomas para os casos de nefrite são a diminuição da quantidade de urina produzida, a ardência ao urinar e a mudança na coloração da urina.