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Entenda os vícios de linguagem!

A gramática normativa portuguesa é bastante complexa e cheia de detalhes. Por isso, é comum cometermos equívocos na hora de escrever e também de falar. Alguns desses erros fazem parte dos chamados vícios de linguagem. Neste texto, vamos te explicar o que são e quais são eles, para que você possa evitá-los no seu dia a dia. Confira!

O que é o vício de linguagem?

É considerado um vício de linguagem qualquer erro ou desvio da norma-padrão do português nos campos da fonética (relacionada à pronúncia), da semântica (relacionada à construção de frases) e da morfologia (ligada ao estudo das palavras isoladas). Confira agora a classificação dos vícios de linguagem:

1 – Barbarismo

É o erro de escrita, de pronúncia ou de significado das palavras. Veja os exemplos:

“Adevogado” ao invés de “advogado”.

“Rúbrica” ao invés de “rubrica”.

“Pobrema” ao invés de “problema”.

2 – Estrangeirismo

Está relacionado à preferência do uso de palavras estrangeiras, mesmo havendo opções de mesmo significado no português. Confira!

Upgrade” em vez de “atualização”.

Show” em vez “espetáculo”.

Menu” em vez de “cardápio”.

3 – Solecismo

É o nome dado ao erro de concordância, de colocação pronominal e de regência nominal ou verbal. Observe os exemplos.

“Acabou os doces!” quando o correto é “Acabaram os doces!”.

“Carlos não emprestou-me seu livro.” quando o correto é “Carlos não me emprestou seu livro.”.

“Eles foram no banheiro!” quando o correto é “Eles foram ao banheiro!”.

4 – Ambiguidade ou anfibologia

Sabe quando você lê ou escuta uma frase que pode ter mais de uma interpretação? O nome deste vício de linguagem é ambiguidade ou anfibologia. Veja algumas frases ambíguas:

“Falei com o meu amigo que estava cansado!”

Nesta frase não dá para saber quem está cansado; se é o locutor ou o amigo.

“Jorge estava com Paulo falando de sua namorada!”

Também não fica claro de quem é namorada sobre a qual Jorge e Paulo estão falando.

“O policial prendeu o suspeito em sua casa!”

Não sabemos na casa de quem o suspeito foi preso.

5 – Obscuridade

É a falta de informação ou de clareza na construção de uma sentença. Muitas vezes, a escolha inadequada da ordem das palavras causa essa confusão. Observe.

“Quando as normas, mesmo tendo sido apresentadas e impressas para os alunos, para que não venham dizer depois que desconheciam as regras da escola, são desobedecidas, é muito ruim.”

“O caráter dos estrategistas em campo vai aumentar a performance da equipe.”

“Não foi feita a efusão de sangue inútil.”

6 – Cacófato ou cacofonia

Trata-se da sequência de duas ou mais palavras que, quando faladas juntas, formam uma nova, geralmente de mau gosto.

“Por cada” (porcada)

“Eu amo ela” (moela)

“Eu vi ela” (viela)

7 – Colisão

É o som, por vezes desagradável, produzido quando se pronunciam palavras iniciadas com a mesma consoante em sequência. Observe!

“Sua saia sujou.”

“Pedro Pereira pinta portas e paredes por preços populares.”

“O rato roeu a roupa do Rei de Roma.”

8 – Hiato

É o som dissonante produzido quando se pronunciam palavras iniciadas com vogais. Confira.

“Ou eu ou ela.”

“Ana a ama!”

“Ele iria à aula comigo.”

9 – Eco

A repetição de palavras com finais sonoros parecidos ou iguais, que gera um som de eco. Veja os exemplos!

“O policial deu flagrante no meliante.”

“Atenção à promoção de macarrão!”

“Ele ficou contrariado no último feriado.”

10 – Pleonasmo

Consiste num reforço desnecessário de uma informação, geralmente por meio de palavras de mesmo significado. Observe!

“Encarar de frente.”

“Elo de ligação.”

“Subir pra cima.”

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